Nas últimas décadas, os apagões e o racionamento de energia vem sendo apresentado como grandes vilões para a população brasileira. Entre 2014 e 2015, segundo dados do relatório do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, o nível dos reservatórios nas usinas hidrelétricas responsáveis pelo abastecimento de cerca de 70% da energia do Brasil, chegou ao limite mínimo, aumentando assim o risco de falta de energia. O mesmo relatório frisava que não havia insuficiência de suprimento energético para aquele ano, contudo deixava claro a necessidade de direcionar investimentos para novas soluções, a exemplo das energias renováveis.
Na luta contra apagões e racionamento, as melhores alternativas são diversificar a matriz energética e privilegiar a produção de energia no local de consumo. Especialistas defendem que, é importante incluir outras fontes renováveis na matriz energética. No Brasil, temos um grande potencial solar, desta forma, a energia proveniente da luz do Sol se apresenta como uma excelente alternativa para diminuir o risco de falta de energia, tanto por ser uma das principais fontes renováveis, quanto por encontrarmos o cenário ideal em nosso país.
De acordo com estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a utilização de painéis instalados nos telhados de casas, poderia gerar metade de toda a eletricidade consumida no país, a pesquisa mostra que seriam cerca de 287 mil giga watt /hora ano, duas vezes mais que a energia consumida nas residências de todo o país. Para esclarecer este pensamento, um sistema fotovoltaico conectado à rede que possui um grande “no-break” com baterias na sua casa ou empresa, denominado sistema de energia solar híbrido, permitirá que o seu sistema de energia solar continue funcionando, mesmo que não haja energia na rua.
A utilização da energia solar não se apresenta somente como solução para os apagões e o racionamento, a mesma surge também como alternativa sustentável e capaz de contribuir para o desenvolvimento econômico do país.
Por meio da ampliação planejada da fonte solar fotovoltaica, na matriz elétrica brasileira, seria possível contribuir significativamente para reduzir o acionamento das termelétricas mais onerosas ao país, diminuindo custos aos consumidores, reduzindo emissões de gases de efeito estufa e aliviando a pressão sobre os recursos hídricos na geração de energia elétrica. Em paralelo, a medida promoveria a geração de empregos, proporcionando ganhos de renda para a população e contribuindo para a retomada da economia.